M.N ROY é um pergunta, e mais precisamente, uma interrogação: uma interrogação onde as perguntas ficam abertas. Desse modo, o M.N. ROY pode ser interpretado como um anteprojeto, do qual resultaria a ordem de trabalho: um clube privado na Cidade do México; ou mais preciso, em seu bairro especifico: “Colonia Roma”.
Na verdade o bairro Colonia Roma desenvolveu um papel muito decisivo na expressão de uma certa identidade arquitetônica do projeto.
Este projeto, como uma miragem com seu entorno atual, resultado de uma reconversão social, e, no entanto, sempre ligada aos fantasmas de uma alta burguesia desaparecida com os temores do terrível terremoto do ano de 1989, representa a expressão dessa identidade singular, identidade formalmente controlada por seus antecedentes históricos.
Partindo desse postulado, decidiu-se, ao invés de renovar a fachada da antiga casa, enfatizar seu aspecto abandonado e conservar intacta essa parte do edifício.
Embora a primeira intenção foi de impulsionar um certa curiosidade do passante, que ao ver pessoas entrando em uma casa aparentemente abandonada fica intrigado, a segunda foi de manter essa atenção também dentro do lugar. Para alcançar este efeito, a decisão deu um passo a mais em direção a uma certa forma de esquizofrenia arquitetônica, introduzindo uma nova linguagem interior, profundamente endêmico ao país.
O uso da reminiscência pré-hispânica, obviamente sem fechar-se em uma visão pré-hispânica de corte nostálgico e/ou contemplativo, mas também participativo, convidando ao protagonismo os materiais (cobre, pedra vulcânica, madeira, couro), as geometrias (arte puuc, arcos maias, pirâmides astecas) e os volumes.
O M.N. ROY representa um encontro impossível de culturas, de volumes, de estilos arquitetônicos, oferecendo um espaço moderno improvável dedicado ao encontro.
Informação Complementar:
- Design industrial: Laila salomon, Emmanuel Picault, Ludwig Godefroy
- Administração: Roberto Ayala
- Construção: Aaron Yepez, José Luis Madrigal, Carlos Tapia, Base por altura, Alonso Munguía, Carlos Cortés, Jose Luis Iturbe, Rigoberto Martínez